Read Ebook: Chronica d'El-Rei D. Affonso III by Pina Rui De
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Ebook has 147 lines and 21712 words, and 3 pages
BIBLIOTHECA
Proprietario e fundador
BIBLIOTHECA DE CLASSICOS PORTUGUEZES
Proprietario e fundador--MELLO D'AZEVEDO
CHRONICA
POR
RUY DE PINA
ESCRIPTORIO
LISBOA
CHRONICA
DO MUITO ALTO, E MUITO ESCLARECIDO PRINCIPE
QUINTO REY DE PORTUGAL,
COMPOSTA
POR RUY DE PINA,
Fidalgo da Casa Real, e Chronista M?r do Reyno.
FIELMENTE COPIADA DO SEU ORIGINAL,
Que se conserva no Archivo Real da Torre do Tombo.
OFFERECIDA
A' MAGESTADE SEMPRE AUGUSTA DELREY
NOSSO SENHOR.
POR MIGUEL LOPES FERREYRA
LISBOA OCCIDENTAL
Na Officina FERREYRIANA.
SENHOR
AO EXCELLENTISSIMO SENHOR
Quinto Conde da Ericeira, do conselho de Sua Magestade, Sargento m?r de Batalha dos seus Exercitos, Deputado da Junta dos Tres Estados, Perpetuo Senhor da Villa da Ericeira, e Senhor da de Anci?o, oitavo Senhor da Caza do Louri?al, Commendador das Commendas de Santa Christina de Sarzedello, de S. Cipriano de Angueira, S. Martinho de Fraz?o, S. Payo de Fragoas, de S. Pedro de Elvas, e de S. Bertholameu de Covilh? todas na Ordem de Christo. Academico da Academia Real da Historia Portugueza, e um dos cinco Censores della.
LICEN?AS
SANTO OFFICIO
Vistas as informa??es, pode-se imprimir a Chronica de que se trata, e depois de impressa tornar? para se conferir, e dar licen?a que corra, sem a qual n?o correr?. Lisboa Occidental o primeiro de Outubro de 1726.
DO ORDINARIO
Vista a informa??o, pode-se imprimir a Chronica de que se trata, e depois de impressa tornar? para se conferir, e dar licen?a que corra, sem a qual n?o correr?. Lisboa Occidental 4 de Outubro de 1726.
DO PA?O
SENHOR
Que se possa imprimir visto as licen?as do Santo Officio, e Ordinario, e depois de impressa torne ? mesa para se conferir, e taxar, e sem isso n?o correr?. Lisboa Occidental, 7 de Agosto de 1727.
CAPITULO I
Por falecimento del-Rei Dom Sancho deste nome o segundo, a que disseram Capello, porque delle n?o ficou herdeiro do Reino legitimo descendente, que o succedesse, foi alevantado, e obedecido por Rei na Cidade de Lisboa o Ifante Dom Affonso Conde de Bolonha, seu irm?o, a que o Reino de Portugal por sucess?o direitamente pertencia, em idade de trinta e oito annos na era de mil e duzentos e quarenta e sete, o qual era, filho legitimo del-Rei Dom Affonso o Segundo, irm?o menor do dito Rei Dom Sancho, por cujos defeitos, e por n?o reger como devia elle veo de Bolonha a este Reino de Portugal, e o governou, e defendeo dous annos, n?o se chamando Rei, mas Procurador, e Defensor delle por mandado do Papa, como na Coronica del-Rei Dom Sancho claramente se disse, e depois que o dito Rei Dom Affonso Reinou durando os primeiros annos de seu Reinado, e antes de ter cazado a segunda vez com a Rainha Dona Breatiz, sua sobrinha, filha del-Rei Dom Affonso deste nome o Decimo de Castella, se intitulou s?mente Rei de Portugal, e Conde de Bolonha, e trouxe seu Escudo com as s?s Quinas sem a Orla, e bordadura dos Castellos, assi como os outros Reis de Portugal at? este tempo trouxeram, segundo eu Coronista o vi nos sellos pendentes de algumas suas Cartas, que naquelle tempo passaram, e as achei na Torre do Tombo destes Reinos, de que por o officio sou Guarda-m?r.
Porque depois que com a dita Rainha Dona Breatriz lhe foram dadas as Villas, e Castellos do Reino do Algarve, elle foi o que primeiro se intitulou Rei de Portugal, e do Algarve, e poz na orla do dito Escudo, e Quinas os Castellos dourados em campo vermelho, que logo elle, e depois os outros Reis de Portugal que delle decenderam sempre at?gora trouxeram, e esto afirmo assi por declara??o da duvida, que por muitos sobre os ditos Castellos j? ouvi mover, a saber, se s?o Castellos por esta rez?o, que disse, ou pelos de Riba de Coa, que a este Reino creceram, ou se eram com fol?es, ou bandeiras, que se dizem as Armas do Condado de Bolonha, e assi disputar sobre o numero dos ditos Castellos, a que digo, e afirmo que n?o podem ser Castellos pelos de Riba de Coa, porque El-Rei Dom Diniz filho del-Rei Dom Affonso os ganhou, e houve depois que Reinou, como em sua Coronica se dir?, nem menos pare?am, que sejam por respeito das Armas de Bolonha, que por seu cazamento, posto que em sua vida as trouxesse, ellas n?o ficavam, nem podiam ficar depois de sua morte ? Coroa Real do Reino de Portugal, quanto mais que a honestidade, e rez?o contrariavam elle trazer em Portugal as Armas de Bolonha, por memoria da Conde?a sua molher de que contra direito, e em desprezo della se apartou, e nunca depois a quiz ver, por onde ? mui certo que s?mente s?o pelos ditos Castellos do Reino do Algarve como disse.
Os quais Castellos, posto que na primeira doa??o del-Rei de Castella ficam del-Rei Dom Affonso, seu genro a seus filhos, est?o por numero certo, e assinados, nem por isso obrigam serem trazidos nas Armas por aquelle numero certo, porque naquelle tempo El-Rei de Castella lhe deu os mais que ganhasse, como ganhou sem os declarar, assi que estes Castellos s?o postos na Orla, n?o por numero certo, mas o que nella em boa propor??o bem podesse caber, e por?m El-Rei Dom Affonso logo como Reinou, e assi depois que a segunda vez cazou foi bom Rei, verdadeiro, e prudente, e de cora??o mui esfor?ado, e muito amigo da Justi?a, por a qual a muitos mal feitores, que foram prezentes, e em seus crimes comprehendidos, deu suas devidas penas, com medo das quaes outros se foram da terra, e regeo bem o Reino com devida, e inteira equidade, e proveo o povo em inteira Justi?a, e sua real Caza, e Fazenda com singular regra, e louvada ordenan?a, e fez muitas boas, e novas povoa??es em muitas partes do Reino, que eram despovoradas, e mandou lavrar, e aproveitar os termos de muitas Villas, e Castellos para repairo, e culto da terra, que dos tempos passados estava mui denificada, e quaes foram as obras dinas de memoria que fez al?m dos feitos grandes darmas de sua conquista do Algarve, no fim desta sua Coronica em soma particular est?o declaradas.
CAPITULO II
Este Rei Dom Affonso sendo casado com Dona Matildes Condessa de Bolonha em Fran?a, elle a leixou no dito Condado, e se veo a Portugal, como na Coronica del-Rei Dom Sancho seu irm?o ? declarado, e depois de sua vinda a poucos annos casou outra vez com a Rainha Dona Breatiz, filha bastarda del-Rei de Castella, a qual elle houve em Dona Mayor Guilhelme de Gosm?o, sua manceba, a que foi muito afei?oado, e a que fez mui firmes, e grandes doa??es de muitas Villas, Castellos, e rendas de Lugares no Reino de Castella, para depois de sua morte ficarem ? dita Rainha D. Breatiz sua filha, e a seus filhos herdeiros para sempre, porque, segundo parece pelas palavras do testamento que o dito Rei Dom Affonso fez, elle antre todolos filhos, e filhas que teve, a esta Rainha Dona Breatiz, sua filha mostrou elle querer m?r bem, e a que mais se devia por servi?o e beneficios, e soccorros que della em suas tribula??es mais que doutro algum tinha recebidos, e a que mais desejou galardoar, e dar muito do seu se pudera, o qual casamento del-Rei, e da Rainha Dona Breatiz, quando se concertou, e se fez foi ass?s maravilha dos homens que o sabiam, assi pela grandeza do dote delle, n?o sendo a Rainha filha legitima, como principalmente por casar em tempo, que a Condessa, sua primeira molher ainda era viva, e sobre este passo se acha por lembran?a que um privado del-Rei Dom Affonso havendo este casamento por estranho, e muito contrairo a sua conciencia lhe disse que n?o fizera bem em casar com a rainha Dona Breatiz, pois sabia que era cazado com a Condessa de Bolonha, com quem j? se muito content?ra, e honr?ra de cazar, e que El-Rei lhe respondera, que se n?o espantasse do que tinha feito; porque ao outro dia ainda cazaria com outra molher, se com ella lhe dessem outra tanta terra, porque mais acrescentasse em Portugal.
E passados alguns annos depois que El-Rei Dom Affonso partiu de Bolonha a Condessa sua molher, soube l? o falecimento del-Rei Dom Sancho, e assi como o Conde seu marido pacificamente era alevantado, e obedecido por Rei de Portugal, e n?o sabendo nada do cazamento del-Rei, e confiando que elle se a visse a trataria, e honraria como a verdadeira sua molher, que era, fez-se logo prestes, e em Naos bem aparelhadas, e de Cavalleiros, e nobre gente, e doutras gentes bem acompanhada, e com um seu filho, que se diz que tinha de seu marido, partio de sua terra, e veo ancorar ante a Villa de Cascais, cinco legoas de Lisboa, onde perguntando ella, e os seus por El-Rei onde era? Foi logo certificada que El-Rei estava em Frielas, duas legoas de Lisboa, cazado j? com outra molher, com as quaes novas a Condessa recebeo muita torva??o, e grande tristeza, e pezou-lhe muito de sua vinda, e assi aos de sua companhia, especialmente depois que soube o estado, e condi??o da segunda molher, que era filha del-Rei de Castella.
E tendo concelho ?cerca do que neste caso faria, acordaram, que antes de tudo era bem que fossem a El-Rei dous seus Cavalleiros principaes, que vinham com ella e delle eram bem conhecidos e a que por seus servi?os, que nas guerras de Fran?a lhe tinham feitos, e por outros merecimentos, queria grande bem, e que estes lhe fizessem saber da vinda da Condessa, e assi o nojo, e espanto que por seu cazamento tinha com rez?o recebido, e soubessem delle finalmente a detremina??o de sua vontade. Estes Cavalleiros em chegando a El-Rei foram logo delle por seu conhecimento mui bem recebidos, mas depois que lhe propuzeram a Embaxada da Condessa com a graveza, e estranhamentos, que ella mandou, e disseram o mortal sentimento, e deshonra em que estava, e lhe pedia que por comprir sua bondade, e conciencia a recebesse no Reino, e tratasse por sua molher como merecia.
El-Rei avendo-se delles por escandalizado, por ouzarem de lhe trazer em tal tempo tal mensagem com o rostro irado lhes disse, que de n?o perderem as vidas com suas cabe?as cortadas os relevava naquella ora o grande bem que lhes queria, e os muitos servi?os que lhe tinham feitos, e que por?m n?o fizessem ante elle mais deten?a, antes que logo se tornassem ? Condessa, e lhe dissessem que n?o saisse em seu Reino, mas que delle logo sem nenhuma delonga se partisse, e se tornasse para sua terra donde viera, que se o assi n?o fizesse elle teria com ella tal maneira de que lhe muito pezaria.
Com esta reposta chea de tanta aspereza, e f?ra de toda a humanidade, os Cavalleiros se tornaram para a Condessa, a qual maravilhada, e atemorizada da sem rez?o, e indigna??o del-Rei, e das mais cousas, que elles em seu cazo mais passaram, e lhe cont?ram; mandou fazer prestes suas naos, e embarcou nellas, e se tornou para Bolonha, e o tempo que a Condessa veo a Cascais se diz, que ella trazia um filho seu, e del-Rei Dom Affonso, como j? disse, cujo nome, vida, nem feitos n?o achei declaradamente escritos, porque uns dizem, que quando a Condessa se partio de Cascais, que o leixou em terra, para que o levassem a seu pai, dizendo que n?o quizesse Deos, que com ella tornasse cousa del-Rei, e por outra certa lembran?a achei, que ella tornou a levar seu filho comsigo, e que depois o mandou a Portugal, onde El-Rei o mandou bem criar, e que saio muito bom Cavalleiro, e mui amado del-Rei, e dos Nobres do Reino, e que foi cazado com uma filha do Ifante Dom Pedro de Castella, que era a mais fermosa molher Despanha; mas qual era este Ifante Dom Pedro, e sua filha, e os nomes delles, e em que tempo cazaram, e que terra tiveram, e o que se delles fez depois eu o n?o soube.
A Condessa como chegou ? sua terra manifestou logo sua querella a seus parentes, que eram Nobres, e grandes homens no Reino de Fran?a, por cujo concelho, e ajuda, ella se enviou logo querelar ao Papa, que ent?o era em Fran?a, noteficando-lhe largamente todo o que com seu marido pass?ra no Reino de Portugal, pedindo a Sua Santidade que com suas Excommunh?es, e Cen?uras mandasse apartar El-Rei Dom Affonso seu marido, da Rainha Dona Breatiz, que como Christ?os, n?o podiam cazar, como cazaram; e mandasse que recebesse a ella para ter a honra, dinidade, e terras que de direito, como sua verdadeira molher lhe pertencia. E o Papa maravilhado da novidade por seu Breve o enviou muito estranhar a El-Rei Dom Affonso, e lhe rogou, e amoestou com palavras catholicas, e mui honestas, que logo se apartasse do segundo cazamento, e quizesse estar pelo primeiro, conforme a justi?a, e peti??o da Condessa, e porque El-Rei n?o satisfez com efeito aos mandados Apostolicos, o Papa enviou sua comiss?o ao Arcebispo de San-Tiago, porque lhe mandou que outra vez requeresse, e amoestasse El-Rei Dom Affonso ?cerca de seu apartamento, e quando logo o n?o fizesse, que o citasse, e emprazasse, que a quatro mezes parecesse em pessoa perante elle em sua C?rte, para ser ouvido com a Condessa, e estar a todo comprimento de Justi?a, e o Arcebispo fez inteiramente todo o que neste cazo o Papa lhe mandou, mas El-Rei n?o foi ? cita??o em pessoa, mas cresse que mandaria seu Procurador por elle sobre este negocio. Foi na Corte do Papa ordenado processo, e foi por elle tanto procedido que em favor da Condessa, e contra El-Rei foi dada senten?a do apartamento seu, e da Rainha Dona Breatiz, e porque n?o obedeceram a ella, foi pelo Papa posto antredito em todo o Reino que durou muitos annos, acabados os quaes andando a era em mil e duzentos sessenta e dous , a Condessa de Bolonha Dona Matildes faleceo em Fran?a, por morte, que em Portugal foi logo sabida.
CAPITULO IV
Logo todos os Prelados, e Nobres homens, e povo do Reino enviaram sopricar ao Papa, e pedir-lhe que pois a dita Condessa era falecida mandasse alevantar o antredito que no Reino por muitos annos era posto, e quizesse dispenssar sobre o cazamento del-Rei com a Rainha Dona Breatiz, porque ambos como marido, e molher podessem licitamente viver, e ficassem lidimos os filhos, que j? tinham havidos, e os que dahi por diante ouvessem, para com sua despensa??o poderem direitamente soceder no Reino de Portugal, depois da morte del-Rei seu padre, e assi quizesse revogar todalas doa??es que El-Rei Dom Sancho Capelo em fraude, e detrimento da Coroa de Portugal em suas necessidades tinha feitas ao Ifante Dom Affonso de Molina, e a outras quaesquer pessoas, por quam sem cauza, e contra direito eram, a que o Papa em todo logo satisfez, sobre que mandou passar suas Provis?es Apostolicas, que vieram a este Reino, e est?o em guarda na Torre do Tombo, s?mente se acha que pela legitima??o do Ifante Dom Diniz filho primeiro, e erdeiro, porque nacera em vida da Condessa de Bolonha, El-Rei Dom Affonso seu pai deu em especial, muita parte de seu thesouro.
El-Rei Dom Affonso houve da Rainha Dona Breatiz sua molher estes filhos, a saber o Ifante Dom Diniz, que foi depois seu herdeiro, e sucessor, e nasceo em Lisboa dia de S?o Diniz, a nove dias de Outubro de mil duzentos sessenta e um annos , e por a deva??o deste Santo, em cujo dia nasceu, elle mandou depois fazer o seu Moesteiro de S?o Diniz de Odivellas, onde se mandou sepultar, como em sua Coronica direi mais inteiramente. E ouve mais o Ifante Dom Affonso, que foi Principe mui honrado, e de grande estima, e teve neste Reino boas Villas, e Castellos, e terras, e foi cazado com Dona Violante, filha do Ifante Dom Manoel de Castella, e da Ifante Dona Costan?a Darag?o, de que houve um filho bar?o, e tres filhas, que foram grandemente cazadas em Castella, de que na Coronica del-Rei Dom Diniz farei mais larga declara??o; e assim houve mais El-Rei Dom Affonso da Rainha Dona Breatiz a Ifante Dona Branca, que sendo mui mo?a, foi recebida por Senhora do Moesteiro de Lorv?o, assi como o fora a Rainha Dona Thareja, sua tia que nelle jaz, e o reformou, como j? tenho dito, e depois do falecimento del-Rei Dom Affonso seu pai, ella foi recebida por Senhora das Olgas de Burgos, onde sem cazar faleceo, e ahi j?s sepultada; e della por?m se acha que um Cavalleiro dito o Carpiteiro houve um filho, que houve nome Dom Jo?o Nunes do Prado; e este foi Cavalleiro da Ordem de Calatrava, e depois foi Mestre della, quando Dom Garcia Lopes, que era Mestre, foi por seus desmerecimentos privado de Mestre.
E com tudo esta Ifante Dona Branca foi Princeza de mui louvadas virtudes, e teve em Castella boa terra, e neste Reino boa fazenda, porque ella foi senhora de Montem?r-o-Velho, por doa??o del-Rei seu pai, que em seu testamento lhe leixou mais dez mil livras, que s?o quatro mil cruzados, e assi foi senhora de Campo Maior, que El-Rei Dom Diniz seu irm?o lhe deu em sua vida, e El-Rei Dom Affonso deste nome o Decimo de Castella, seu av? tambem lhe leixou em seu testamento muito dinheiro, e alguns dizem que ella j?s em Lorv?o, mas eu vi Cartas e Provis?es, que ella nos derradeiros dias de sua vida passou para Portugal, feitas dentro no Moesteiro das Olgas de Burgos, onde tambem recolheo algumas filhas do Ifante Dom Affonso de Portugal seu irm?o. E assi houve mais El-Rei Dom Affonso a Ifante Dona Costan?a sua filha, a qual a Rainha Dona Breatiz sua madre levou comsigo a Sevilha, quando foi ver El-Rei Dom Affonso seu pai, e l? faleceo, e foi trazida a Alcoba?a, onde j?s sepultada. E houve mais um filho bastardo, que houve nome Dom Fernando, que foi Cavalleiro da Ordem do Templo, e j?s sepultado em S. Bras de Lisboa.
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