Read Ebook: Os factos by Cunha J G De Barros E Jo O Gualberto De Barros
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Ebook has 267 lines and 42514 words, and 6 pages
Caldas } Pedrog?o Grande } de 7 para 8 Peniche }
Obidos 8,434
Alcoba?a } Anci?o } de 9 para 10 Porto de Moz }
Figueir? dos Vinhos 11,070
Alvaiazere 14,905
No districto de Lisboa a percentagem ? egual a 7 e 1/4% em todos os concelhos.
Exceptua-se:
Os bairros de Lisboa onde ella ? de 9,203.
O concelho de Torres Vedras onde sobe a 9,855.
Eu tenho a felicidade de pertencer a este ultimo concelho.
No districto de Portalegre a percentagem ? toda de 8 a 8-1/2%.
Aqui temos os concelhos de
Bou?as, Gondomar, Maia e Vallongo, pagando 4 para 5 Marco de Canavezes, Paredes, Povoa de Varzim e Villa do Conde >> 6 >> 7 Penafiel e Porto >> 7 >> 8 Amarante, Passos de Ferreira, Santo Thyrso, Villa Nova de Gaia >> 8 >> 9 Bai?o e Louzada >> 9 >> 10
No districto de Santarem ? a percentagem egual de 9 para 10.
Os concelhos de
Coura paga 4,696 Caminha >> 6,906 Valen?a >> 7,331 Mon??o e Villa Nova da Cerveira >> 8 para 9 Melga?o e Vianna >> 9 para 10 Arcos, Ponte da Barca e Ponte de Lima >> 11 para 12
Mondim de Basto paga 5,747 Chaves e Valle Passos >> 6 para 7 Alij?, Boticas, Penagui?o, Ribeira de Pena, Villa Pouca d'Aguiar >> 7 para 8 Monte Alegre e Pezo da Regoa paga 9 para 10 Villa Real >> 10,799 Mes?o Frio >> 12,665 Sabrosa >> 13,978 Mur?a >> 14,845
Moimenta da Beira paga 2,938 Fragoas Sat?o >> 3 para 4 Mangualde, Mondim, Oliveira de Frades, Penedono, S. Pedro do Sul e Tondella paga 4 para 5 Armancar, Carregal, Castro Daire, Santa Combad?o, S. Jo?o de Areias, Pesqueira, Lamego, Mortagua, Nellas, Rezende, Tabua?o, Tarouca e Vizeu >> 5 para 6 Sernancelhe >> 6,768 Vouzella >> 7,141 Penalva do Castello >> 8,655 Sinf?es >> 9,004
Comparando depois a popula??o com o rendimento collectavel, e o rendimento collectavel com a distribui??o dos contingentes pelos districtos, e, nos districtos pelos concelhos, acha-se uma demonstra??o frisante de que todos n'esta terra teem estado ? profia para a perderem, e que a indole do povo portuguez ? t?o docil e t?o generosa, que tem resistido a todas estas malfeitorias.
Do que se passa de districto para districto, e, nos districtos, de concelho para concelho, pode julgar-se do que ser? nas parochias entre propriedade e propriedade!
Eram estas as armas com que me preparava, no meu posto de membro do parlamento, para entrar na discuss?o das reformas que ninguem, depois dos algarismos que acabo de p?r em ac??o pode negar que fossem a mais urgente necessidade do credito, da justi?a, da vida do povo portuguez.
Foi esse o momento escolhido pelo sr. duque de Saldanha para mudar o curso das id?as e lan?ar no meio da discuss?o dos interesses geraes, a que o reino era convocado, o brand?o de novo acceso das antigas lutas politicas, e o facho de uma implacavel guerra civil, e talvez, o rastilho de uma guerra estrangeira.
Como o fez elle?
?s sete horas da noite do dia 18 de maio de 1870 deitou-se o duque de Saldanha, que conta oitenta annos de idade, dizendo que queria ir no dia seguinte para Cintra.
?s dez horas fardou-se.
?s onze montou a cavallo, e, dando a voz de marche marche a 400 soldados amotinados, dirigiu-se ao pa?o, onde el-rei, depositario da chave de toda a organisa??o politica, pelo titulo V, capitulo I, artigo 71.^o da constitui??o, guardava a independencia, equilibrio e harmonia dos demais poderes.
O duque era mordomo m?r, e, como tal, entrou ?quellas horas no pa?o.
O duque era conselheiro de estado, responsavel pelos conselhos que d?sse ao rei.
Entrado em casa de seu amo, e quando lhe encarecia e exaggerava as for?as que o seguiam, os companheiros do marechal do exercito, para apoiarem as raz?es que elle dava ao monarcha ?s duas horas da noite, crivavam de balas a sala da conferencia, mettendo-as pelas janellas do pa?o.
Sua magestade mandou buscar o sr. duque de Loul?, presidente do conselho de ministros, para lhe participar que desejava entregar os s?llos do estado ao seu leal conselheiro, fidelissimo marechal e dedicadissimo criado, o sr. duque de Saldanha.
O sr. duque de Loul? saiu do pa?o demittido, e o sr. duque de Saldanha nomeado ministro do reino, da guerra e presidente do conselho, e, em seguida, de todas as outras pastas.
Accusaram alguns aos ministros caidos por n?o terem defendido o rei.
Que seja licito, ao menos docil dos membros da maioria, a quem n?o tomou parte nas glorias da situa??o, considerar-se agora solidario em tudo na queda e nos desastres d'ella.
Mas a sciencia do direito publico constitucional, diz-nos: que n?o basta para garantir as liberdades publicas saber dar cheque ao rei.
Antigamente era assim; agora n?o ?. Se o sr. duque de Saldanha pode servir de exemplo aos ultimos heroes de Marathona para aperfei?oarem as suas partidas; aqui... temos de saber, se, mesmo com o rei em cheque e as institui??es a resgate, o povo sabe, pode e quer vingar a constitui??o.
Foi assim que a Europa liberal, ? noticia do glorioso feito do sr. duque de Saldanha, poz diante do mundo o problema que cont?m as suas consequencias.
Elle diz que o <
A imprensa franceza, a belga, italiana, alem? n?o s?o mais complacentes na aprecia??o dos actos do marechal, do mordomo m?r e do cidad?o.
At? na Russia foi o marechal suppliciado pelo knut litterario do authocrata!
A sua condemna??o ? unanime, para se lhe juntarem culpas, que a indiscreta impaciencia de alguns jornaes hespanhoes revelou mais como aspira??o, e como anhelo de uma paix?o devorante, do que como facto fundado em accordo realisavel.
Ser? por ella que julgaremos o marechal insubordinado e sedicioso.
Se elle n?o teve para dissolver o parlamento, nem para comparecer perante elle, a coragem que lhe sobrou para amedrontar e escravisar o rei, nem por isso lhe ser? negado direito de se defender. Possa essa defeza tornar menos grave e menos negro o attentado atroz com que maculou as c?s da sua longa edade, e a gloria da sua temeraria espada.
Eis o que elle diz:
CIRCULAR AOS CHEFES DAS MISS?ES PORTUGUEZAS
O procedimento anti-constitucional e violento da passada administra??o havia produzido geral descontentamento e inquieta??o em todo o reino.
Qualquer circumstancia inesperada, ainda de pequena monta, poderia dar logar a uma conflagra??o geral, cujas consequencias ninguem poderia prever, o que se n?o limitaria a uma simples mudan?a de gabinete.
Por muitas vezes tive a honra de ponderar ao nosso augusto soberano, os inconvenientes da conserva??o d'aquelle ministerio, para os interesses publicos e para as proprias institui??es.
Levei mesmo a minha franqueza ao ponto de significar-lhe que uma revolu??o estava imminente no paiz, se elle continuasse a conservar uma administra??o t?o odiada, e que eu n?o sabia se teria for?a para evitar-lhe as consequencias, como tive em 1851.
Acrescentei que n?o era a ambi??o do poder que me levava a aconselhar assim Sua Magestade, porque onze vezes, sendo j? uma no seu reinado, me tinha recusado a ser chefe da administra??o, e que, pelo contrario, eu prestaria franco e leal apoio a qualquer ministerio que evitasse a revolu??o.
Respondia-me Sua Magestade, com a sua costumada benevolencia, allegando ras?es para n?o tomar de prompto o meu conselho, as quaes me abstenho agora desenvolver, mas nas quaes revelava sempre o mais entranhado amor pelo interesse do paiz.
Na manh? de quarta feira, 18 do corrente, expuz de novo a Sua Magestade a muito perigosa situa??o em que nos achavamos, a imminente revolu??o que nos amea?ava: ainda outra vez pedi a nomea??o de um novo ministerio qualquer. El-rei repetiu o que tantas vezes me tinha dito, e eu resolvi expor a vida, e mesmo a reputa??o, para salvar o paiz dos males que o amea?avam.
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