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Words: 3463 in 2 pages

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: Clepsydra Poêmas de Camillo Pessanha by Pessanha Camilo Almeida - Portuguese poetry PT Poesia

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stem? Atomo miserando... --Se o esmagasse o trem D'um comboio arquejando!...

O inane, vil despojo Da alma egoista e fraca! Trouxesse-o o mar de rojo Levasse-o na ressaca.

Chorae arcadas Do v??loncello! Convulsionadas, Pontes aladas De pesadelo...

De que esvoa?am, Brancos, os arcos... Por baixo passam, Se despeda?am, No rio, os barcos.

Fundas, solu?am Caudaes de ch?ro... Que ruinas, ! Se se debru?am, Que sorvedouro!...

Tr?mulos astros... Soid?es lacustres... --Lemes e mastros... E os alabastros Dos balaustres!

Urnas quebradas! Blocos de gelo... --Chorae arcadas, Despeda?adas, Do vi?loncello.

AO LONGE OS BARCOS DE FLORES

S?, incessante, um som de flauta chora, Viuva, gracil, na escurid?o tranquilla, --Perdida voz que de entre as ma?s se exila, --Fest?es de som dissimulando a hora.

Na orgia, ao longe, que em clar?es scintilla E os labios, branca, do carmim desflora... S?, incessante, um som de flauta chora, Viuva, gracil, na escurid?o tranquilla.

E a orchestra? E os beijos? Tudo a noite, fora, Cauta, detem. S? modulada trila A flauta flebil... Quem ha-de remil-a? Quem sabe a d?r que sem raz?o deplora?

S?, incessante, um som de flauta chora...

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